Resumo Livro: Filosofia da Caixa Preta
Filosofia da Caixa Preta
Imagens são resultados da imaginação dos indivíduos, em tentar representar em suas superfícies os o que se encontra no espaço e tempo.
Entender a imagem como um plano superficial é de extrema importância para que se possa entender e decifrar seu significado. Em seu primeiro olhar para a imagem já é possível decifrar seu significado, porém é preciso se aprofundar melhor na imagem, o que é chamado de scanning. O scanning pode ser entendido como vaguear, onde o receptor analisa a imagem como um todo, por várias vezes, vendo o que já foi visto, e percebendo detalhes até então não vistos.
Ao circular pela imagem acaba se criando dois tempos: tempo circular ou tempo de magia, e o tempo linear. O primeiro se entende como um tempo em que um elemento dá razão ao outro e vice-versa, num movimento circular e sem fim. No tempo linear um elemento dá continuidade ao seguinte, que assim o faz com seu sucessor, sem reciprocidade.
Imagens tem o papel de talvez eternizar, ou guardar momentos, situações e acontecimentos. O tempo de magia é importante para que se possa entender o significado de tal imagem.
Mas a partir do tempo de magia é que começa a surgir a idolatria. O homem idólatra passa a viver em função das imagens, acreditando que elas dão sentido ao mundo, e não o contrário. A imaginação então deixa de existir dando espaço para a alienação, em que o homem se esquece do real significado das imagens e não consegue mais decifrá-las. No auge da alienação, pessoas passam a rasgar as imagens em pequenas linhas, numa tentativa desesperada e reascender o tempo linear no entendimento das imagens, trazer de volta o olhar concreto no decifrar.
Assim surgia a consciência histórica, com o intuito de ir contra a consciência mágica. Essa luta da escrita com a imagem faz o homem se afastar ainda mais do entendimento concreto da imagem.
A relação entre texto e imagem vai se tornando cada ver mais forte, mesmo um conceito querendo um contra o outro,