filosofia 2
Theobaldo M. Santos define lógica como sendo a ciência das leis ideais do pensamento e a arte de aplicá-las à pesquisa e à demonstração da verdade. Para Caldas Aulete, lógica é a parte da filosofia que estuda as leis do pensamento e expõe as regras que se deve observar na invenção e exposição da verdade. É raciocínio encadeado, ligação nas idéias, e coerência entre os princípios e as conclusões.
Segundo Aurélio, a lógica, na tradição clássica aristotélico-tomista, é o conjunto de estudos que visam a determinar os processos intelectuais que são condição geral do conhecimento verdadeiro.
A criação da lógica[1] é uma das maiores glórias de Aristóteles, cujo objetivo foi evitar os desregramentos lógicos e o subjetivismo do método filosófico de Sócrates e Platão. A filosofia de Aristóteles mostra-nos toda a natureza como imenso esforço da matéria bruta para se elevar até ao ato puro, isto é, ao pensamento e à inteligência. No método aristotélico, a que Platão chamou dialético[2], parte-se de noções incertas, através da divisão dicotômica dos conceitos e de respostas positivas e negativas, chegar-se às conclusões. Cria determinadas regras lógicas que levam a conclusões necessariamente certas, à maneira quase de um cálculo. São as regras do silogismo[3].
Um silogismo é um conjunto de três proposições das quais a terceira (a conclusão) deriva necessariamente das outras duas. Se afirmar:
Tem-se um raciocínio com o mesmo formalismo matemático de: se A e B e C é A, conclui-se que C é B, cancelando-se o termo comum A. No silogismo pode-se chegar à mesma conclusão cancelando-se o termo médio e afirmando os termos opostos.
A lógica aristotélica exerceu no pensamento posterior grande influência. Renan referia-se à má educação do espírito que não se pautou direta ou indiretamente pela disciplina aristotélica. Houve, contudo, através dos tempos, uma supervalorização da sua lógica. Kant (1724-1804) considerava-a uma ciência acabada e perfeita. Hoje, depois