Filosofia 11ºano - Argumentação e Retórica
A demonstração recorre à logica dedutiva, são raciocínios analíticos em que a conclusão se segue necessariamente de premissas inquestionáveis, a aceitação de premissas como verdadeiras obriga a aceitar a verdade da conclusão. Tem um caracter universal, impessoal e descontextualizado, decorrendo exclusivamente da forma do argumento e não de elementos subjectivos ou associados ao contexto. Pelo contrário, a argumentação é pessoal e contextualizada, diferindo os seus efeitos em função de quem diz, como diz e a quem diz, a verdade da conclusão é particular podendo não ser aceite por todos, são raciocínios dialécticos que recorrem à logica indutiva e, por isso, as premissas são discutíveis e a aceitação destas como verdadeiras não conduz a conclusões necessariamente verdadeiras, mas a verdades meramente prováveis.
Retórica
A retórica é a arte do “bem falar”, estuda os argumentos que permitem a um orador influenciar um auditório a aderir os seus pontos de vista, tendo como objectivo então, a compreensão e utilização da capacidade persuasiva na comunicação.
Técnicas de persuasão do auditório
A primeira técnica é o ethos que apela ao caracter do orador, a persuasão é obtida quando o discurso é proferido de forma a deixar a impressão no auditório que o orador é uma pessoa integra, honesta e responsável pois ser considerado como alguém digno de crédito torna muito mais fácil a conquista da confiança do público. Depois temos o pathos em que a persuasão se obtém quando o discurso do orador desperta sentimentos e emoções no auditório que o tornam receptivo à suposta verdade que o orador defende. E por fim, o logos, que trata do discurso propriamente dito, a persuasão obtém-se através do uso de bons argumentos que procuram convencer o auditório de que o orador tem razão, utilizando-se exemplos e entimemas.
Retórica no contexto da democracia ateniense
É impossível pensarmos em democracia e liberdade de debate