Filosofando
Na Idade Moderna, passou-se a fazer diferenciação entre o trabalho qualificado e o não qualificado, entre o produtivo e o não produtivo, aprofundando-se a distinção entre trabalho manual e intelectual. Essas concepções diferenciadas não deixam de ser o entendimento subjacente à distinção fundamental entre labor e trabalho do período helênico.
O que ocorreu foi o deslocamento do labor, que possui, tanto na esfera pública como na esfera privada, uma produtividade própria, por maus fúteis ou pouco duráveis que sejam os seus produtos e seu consumo
Leia o livro "O Futuro do Trabalho", de Domenico de Masi. Ele vai ajudá-lo. Adianto algumas coisas: na Antiguidade, o trabalho tinha menos valor que o ócio. Os aristocratas dedicavam-se ao ócio, e o trabalho era reservado aos escravos. Todo tipo de trabalho que causava fadiga (como o trabalho braçal) era considerado menor em relação às atividades intelectuais e mentais. Biblicamente, o trabalho é considerado uma punição imposta por Deus ao homem, por causa do pecado original, sendo sua única fonte de salvação. Os artesãos e camponeses executavam todas as etapas do seu trabalho (agricultura, marcenaria, etc), do começo ao fim, até obter o produto pronto. Eles produziam apenas o necessário para a subsistência e, além de executores, eram os donos das ferramentas (meios de produção). Com o advento da Revolução Industrial, os camponeses da área rural foram para as fábricas, localizadas nas cidades. Os trabalhadores deixaram de possuir os meios de produção. As máquinas pertenciam aos burgueses os donos das fábricas) e os operários dispunham apenas da força de trabalho para oferecer, em