Filosifa
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* A experiência e o juízo estético:
A obra de arte implica uma interpretação daquele que a vê ou ouve e necessita sempre de uma construção de sentido pelo espetador. Na base desta construção está:
- A experiência estética (a experiência do belo artístico) que envolve uma vertente racional, que implica a razão, e outra mais sensível, que evolve os sentidos os afetos e os sentimentos. Kant afirma que o belo é o que agrada universalmente sem conceito. O belo está nas coisas e é independente do gostar individual, que é sempre pessoal. Dizer que o belo não tem conceito significa que não temos uma regra que determine que algo seja belo. A experiência estética é marcada pelo desinteresse pois não se procura satisfazer qualquer necessidade prática, ou seja, é um prazer meramente contemplativo.
- Os juízos estéticos devem fazer-se na base de uma experiência de prazer, estabelecendo uma afirmação com a qual se espera que concordem os outros indivíduos. Um juízo estético não pode deixar de ser subjetivo, pelo que tem na sua base o gosto. Os juízos estéticos podem ser de duas naturezas distintas: * Subjetivismo estético: neste integra-se a teoria kantiana e diz que um objeto é belo em virtude do que sentimos quando o observamos e, como tal, depende do que o sujeito espetador sente. Para os defensores desta teoria o que é belo para uma pessoa pode não ser para outra, é uma questão de gosto pessoal. * Objetivismo estético: neste integra-se a perspetiva de Platão e defende que um objeto é belo pelas propriedades que se encontram no objeto e só no objeto, pelo que a sua beleza é independente daquilo que o sujeito sente. Para os defensores desta teoria o