Filmes biodegradáveis
Engenharia de Alimentos – Bioquímica I
FILMES BIODEGRADÁVEIS E COMESTÍVEIS
Os filmes comestíveis são novas alternativas ecológicas às embalagens de plástico sintético. Ajudam a reduzir o volume de plástico descartado no ambiente, pois ao invés de descartar no lixo a embalagem é comida, não gerando lixo. No Brasil, a produção anual de filme plástico chega a 210 mil toneladas. Eles consistem em uma espécie de plástico natural (formado por polissacarídeos, proteínas ou lipídeos) que, quando aplicado sobre a superfície dos alimentos, retarda a perda de água e as trocas gasosas entre o alimento e o ambiente, aumentando o tempo de vida do produto. Porém o filme comestível pode substituir apenas a embalagem primária, ainda é necessário manter o revestimento secundário, externo, para proteger os alimentos da sujeira e, em alguns casos, do contato com a água.
As pesquisas são mais concentradas na utilização desses filmes em frutas, verduras e queijos. Esses materiais são quase transparentes e podem ter sabor e aroma idênticos ao da fruta com que são feitos. Destacando que não existe um filme universal, para cada alimento é preciso desenvolver um filme diferente, que seja adequado a sua fisiologia.
Entre os biopolímeros utilizados para elaboração de filmes, destacam-se os polissacarídeos, por serem muito hidrofílicos, têm boa barreira a O2 e CO2, e portanto são geralmente eficientes para retardar a respiração e o processo de amadurecimento de frutas e hortaliças, aumentando sua vida útil para consumo.
Em São Carlos (SP), pesquisadores da Embrapa desenvolvem filmes à base de proteínas do milho e quitosana, polissacarídeo extraído da casca dos crustáceos que, além de prolongar a vida do alimento, tem ação antibacteriana e fungicida.
Em Fortaleza (CE), pesquisadores da Embrapa, em parceria com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), desenvolvem filmes feitos com purês de frutas para