Bioplástico se consolida como alternativa ecológica
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|Os bioplásticos reduzem a dependência do petróleo e quase todos |
|são biodegradáveis |
Não se trata de um simples truque de marketing. Plásticos feitos de milho e outros vegetais estão conquistando um pequeno nicho no mercado de plásticos derivados de petróleo, e vêm sendo definidos como alternativas ecológicas a tudo - de embalagens para comida a tubos de batom e fibras têxteis, além dos vales-presente.
Os chamados "bioplásticos" oferecem ao mundo uma maneira de reduzir sua dependência do petróleo, e quase todos são biodegradáveis pelo menos em certa medida. Mas os argumentos ecológicos de seus produtores são complexos, e os ambientalistas vêm demonstrando cautela quanto a apoiar esses produtos.
A fabricação de bioplásticos gera dióxido de carbono, que contribui para o aquecimento global. Os materiais são produzidos de plantas - milho, gramíneas, cana-de-açúcar e até batata doce - que exigem terra e água para cultivo. Alguns observadores expressam alarme porque mecanismos geneticamente modificados são usados para fomentar a fermentação que os produz. E a reciclagem dos produtos feitos com eles apresenta ainda outros obstáculos.
Os materiais podem custar três vezes mais do que os plásticos convencionais, e isso faz com que as empresas hesitem em adotá-los. Até que os bioplásticos se expandam para além de sua pequena fração atual do mercado geral de plástico, sua conquista de popularidade deve ser árdua.
O principal benefício do bioplástico seria reduzir em 10% a parcela do consumo de petróleo que é dedicada à produção de plásticos nos Estados Unidos. Os tipos biodegradáveis também ajudariam a compensar o progresso lento da reciclagem no país - em 2005, apenas 6% do plástico produzido nos Estados Unidos foi reciclado, de acordo com a Agência de Proteção Ambiental (EPA).