filme
Dificilmente alguém que tenha acompanhado a saga PLANETA DOS MACACOS a partir do antológico longa dirigido por Franklin J. Schaffner em 1968 não sentirá arrepios ao assistir este PLANETA DOS MACACOS – A ORIGEM (2011), dirigido com louvor pelo inglês Rupert Wyatt, de THE ESCAPIST (2008). O que de início salta aos olhos é que, pela primeira vez na história da franquia, os macacos foram totalmente criados em computação gráfica, pela WETA Digital de Peter Jackson. E o fato é que eles roubam a cena dos protagonistas humanos, em especial Andy Serkis, que via captura de movimentos interpreta o chimpanzé César. Serkis já foi o Gollum da trilogia O SENHOR DOS ANÉIS (e voltará a sê-lo em O HOBBIT, atualmente em filmagem na Nova Zelândia) e o KING KONG da refilmagem de 2005, e muitos já estão fazendo campanha para que ele seja indicado ao Oscar por esta nova interpretação digital.
Mas os acertos do filme não estão restritos apenas à sua parte técnica já que ele é uma inteligente reinvenção da franquia, atualizando-a para os tempos atuais mas sempre respeitando e homenageando os filmes originais. O roteiro segue a linha de A CONQUISTA DO PLANETA DOS MACACOS (1972), e mostra a insurreição símia que será o primeiro passo para a dominação da Terra. James Franco interpreta Will, um cientista que, com os recursos de uma grande corporação farmacêutica, trabalha para encontrar uma cura para o Mal de Alzheimer, doença que afeta seu pai (John Lithgow, em grande desempenho). Como resultado ele cria um composto virótico que não apenas propicia a regeneração dos neurônios, mas também aumenta o QI dos chimpanzés utilizados como cobaias. César nasce de uma das macacas de laboratório inoculadas com a substância, e dela herda uma inteligência superior.
Will leva César