Filme
No filme, diversos tipos de personalidade humana são despidos grotescamente através das atitudes e reações dos doze jurados diante da árdua missão de sentenciar um acusado por assassinato do próprio pai. Apesar da garantia de uma decisão unânime proveniente de um grupo de doze mentes, percebemos a relatividade desta situação diante da facilidade com que os encarregados envolvidos se deixam levar por opiniões alheias para livrarem-se, o mais breve possível, dessa difícil tarefa e retornarem a suas respectivas rotinas de vida, mesmo que a sentença culmine na condenação à morte do réu.
No desenrolar da trama de "Doze Homens e Uma Sentença" é visível a dificuldade de se contestar o aparente óbvio, mesmo através de minuciosa análise, mas sob tópicos e opiniões divergentes. Jack Lemmon, interpreta magistralmente o comedido arquiteto Mr. Davis, jurado n° oito, que, com equilíbrio, paciência, instinto indagador, consegue revolucionar a opinião já unânime entre os outros jurados a respeito da sentença. Em contraposição de Lemmon, está o jurado n° três, com um acentuado descontrole emocional e explicitas intenções vingativas. Ao longo das constantes discussões apresentadas são exaltados outros comportamentos humanos, como a indecisão e a insegurança através do jurado n° 12; o egoísmo e a indiferença através do jurado n° sete; a sabedoria adquirida pela experiência através do jurado n° nove; o senso de liderança através do jurado n° um; a covardia e o estremo preconceito através do jurado n° 10.
Entre outros pontos relevados na história está a discriminação social e racial sofrida pelo réu que, por ter descendência latina e ser de origem humilde, é tratado pela maioria dos jurados como algo descartável e