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Outro filme que está entre os melhores para entender a crise econômica, segundo Marcio Salvato, é o drama dirigido por Curtis Hanson. “O nome é sugestivo. Ele traz a ideia de um país muito grande com um sistema financeiro muito grande, que carrega muitos valores e muitos recursos financeiros. O filme é um pouco de documentário, um pouco de ficção. Não reporta exatamente o que aconteceu, mas coisas que possivelmente aconteceram", diz.
"Grande Demais Para Quebrar" tenta criar uma cena de como o mundo, e as pessoas envolvidas diretamente na crise, como os secretários de tesouraria, os CEOs dos bancos e o presidente do Banco Central, entre outros, estavam se comportando naquele momento. “Ele tenta reproduzir as histórias das pessoas-chave daquela época. Tem algumas passagens interessantes. Como, às vezes, os temas são mais áridos mesmo, o filme explica de forma didática, em linguagem simples. Ele tem a preocupação de facilitar e digerir esses conteúdos mais ácidos”, expõe Salvato.
Sobre o roteiro: A história nos leva a ver como alguns personagens importantes para o panorama global do período tivesse sido como foi. Com mais enfâse no Secretário do Tesouro do governo Bush, e no CEO do Lehman Brothers, à época o quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, e que veio a quebrar. O roteiro pressupõe que o expectador já está antenado e informado do que gerou a situação calamitante que o sistema financeiro enfrentava, embora faça uma rápida leitura dinâmica nos fatos e traga uma versão enxutíssima em poucos segundos para contextualizar o público. Uma vez feito isso, a trama se debruça nos pontos que levaram o Lehman Brothers à bancarrota, apesar dos esforços para que isso não acontecesse. Porém, quando se acreditava que isso era inevitável, o governo simplesmente o deixou afundar de vez, para tentar, assim, salvar outros bancos que corriam o mesmo risco. O que os espertões não pararam para pensar, porém, é