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José Carlos Marion
Tenho recebido vários convites para ministrar palestras ou participar de discussões sobre Contabilidade Brasileira diante da globalização.
O meu ímpeto inicial é falar sobre a necessidade de harmonização dos princípios e normas contábeis a nível Internacional. Falar sobre IASC (International Accounting Standards Comitee) e seus esforços nesta harmonização. Falar do avanço da Comunidade Européia, quando em 1990 (conferência em Bruxelas), aderiu ao IASC delegando a este organismo a exclusividade das iniciativas em busca da harmonização (mantendo uma estreita relação com o IASC).
Vem a minha mente as incursões da forte OMC (Organização Mundial do Comércio) querendo globalizar profissões, tendo como primeiro objetivo, a Contabilidade. Neste caso os contadores daqui poderiam trabalhar nas subsidiárias brasileiras e vice-versa. Em parte, a reserva de mercado dessa profissão tão fortemente defendida, sofreria o seu primeiro abalo.
Penso no Mercosul, onde há tantas diferenças entre os quatro países participantes nos princípios e normas contábeis, que só isso daria um "paper" extenso.
Meus pensamentos caminham rápido em direção as nossas empresas que sonham lançar seus Valores Mobiliários nos Estados Unidos como outras diversas já fizeram. Empresas brasileiras têm se empenhado com a possibilidade de acessar o excelente mercado de capitais dos Estados Unidos através das ADRs (American Depositary Receipt - Recibo de Depósito Americano). Para isso os relatórios contábeis precisam estar de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos (USGAAP - United States Generally Accepted Accounting). Todos esses assuntos são fascinantes para serem tratados.
A ONU (Organização das Nações Unidas), por sua vez, dispõe de um centro de estudos contábeis para empresas transnacionais, compondo um grupo de "experts" em Contabilidade incluindo excelentes profissionais brasileiros. Assim, é