Filme O Renascimento Do Parto
FACULDADE METROPOLITANA DE BLUMENAU – FAMEBLU Disciplina: Psicanálise I – 4º Semestre Professor: Carlos Medrano Acadêmica: Patrícia Pessatto da Silva
Uma Reflexão à cerca do filme: O renascimento do parto, linkado à prática psicanalítica.
Uma questão pertinente ao assunto é o imediatismo presente da sociedade capitalista, onde tudo está acelerado, assim como a maneira de compreender a saúde.
Um sofrimento normal, corriqueiro e, portanto passageiro como a tristeza não é mais esperado para que, naturalmente ao seu tempo passe. Busca-se o remédio momentâneo e imediato para aplacar aquilo que deveria resolver-se por si só. Por de trás, os grandes laboratórios da indústria farmacêutica e a busca desenfreada do lucro a qualquer custo. E da mesma forma, o mercado capitalista, pano de fundo no cenário de tantas outras questões, age com sua visão focada apenas no lucro atingindo também as parturientes.
E a sociedade do consumo, leia-se: nós, impregnada por esse imediatismo ditado pelos detentores do poder, faz com que, alienados, agimos no mesmo ritmo, dançando conforme a música (im) posta, não dando o tempo necessário para que as coisas aconteçam no ritmo que teriam que acontecer- no ritmo próprio de cada coisa: Falta temperança.
Como o filme retrata, o Brasil é recordista mundial de cesarianas – mais de 52% das crianças nasce por cirurgia neste país, quando os índices recomendados pela OMS são de 15%. Na rede privada, os índices de cesariana chegam a quase 90% nos grandes centros urbanos.
É pontuado no filme, por exemplo, que praticamente nenhuma criança nasce mais em grandes feriados no Brasil e para a alegria dos capitalistas da saúde, as UTIs neonatais ficam lotadas.
As desculpas, como lista a médica Melania no filme são várias e geralmente duvidosas: cordão enrolado no pescoço do bebê (caso que ocorreu na minha gestação), bebê grande