O filme ocorre na Itália, no século XIV que foi marcado pelo início do fim da idade média e início do renascimento. Estamos no último período do pensamento medieval, a escolástica. Todo o filme se relaciona com a filosofia medieval, representadas pelas cenas onde os monges estudam a filosofia, transcrevem a Bíblia e outros livros que se relacionam aos eventos que marcaram a filosofia medieval. O Nome da Rosa é uma viagem visual à idade média europeia. Nos diálogos do frade com seu assessor noviço, surge a discussão do essencial e do particular, dos conceitos e das palavras. O frade franciscano mostra a figura do intelectual renascentista, que investiga vários crimes que estavam ocorrendo no mosteiro que continha uma biblioteca com o maior acervo cristão do mundo, tudo de forma racional. Poucos monges tinham acesso ao acervo, os mortos eram encontrados com a língua e os dedos roxos. O frade busca a solução de um mistério, busca a verdade e a explicação do mistério através de um método de investigação filosófico, onde questiona, interroga, duvida, examina, através de um método analítico. O frade se utiliza da ciência, e por consequência da razão para dar solução aos crimes do mosteiro, utiliza a Santa Inquisição. O frade consegue, com sua postura racional, enfim desvendar a verdade por trás dos crimes cometidos no mosteiro. O filme como um todo pode ser visto como discussão dos elementos formadores da cultura moderna, o surgimento do pensamento moderno, no período da transição da Idade Média para a Modernidade. Como visto nas aulas, no filme tem cenas sobre a adoração cega daquele povo, onde compõe a religiosidade. Mostra também a persuasão para o não questionamento do dogmatismo, lembrando que o questionamento lógico incomoda o dogmatismo. Algumas cenas também que demonstra claramente a influencia de riquezas, poder, disciplina e a