Filme “Longe do Paraíso” – Análise Sociológica

Filme “Longe do Paraíso” – Análise Sociológica
Sucesso de crítica e ganhador de prêmios, o filme Longe do Paraíso aborda como tema central a ruína de uma típica família inserida na sociedade americana da década de 60. Traição, homossexualismo, papel da mulher na sociedade, ideal de família perfeita, pressão social por essa perfeição, todos esses são temas periféricos do enredo principal supracitado.
O filme começa demonstrando a dinâmica da sociedade em seu contexto familiar, o homem como o responsável pelo sustento da família, a mulher pelo cuidado dos filhos e da casa, sendo auxiliada por uma empregada “de cor”, termo constantemente utilizado pelos integrantes do círculo de amizades do casal protagonista, a intromissão das amigas da mulher na vida do casal, a pressão social exercida por essa intromissão, entre outros.
A família protagonista, Whitaker, é vista com certa admiração, é, para a sociedade em que vivem, tudo o que uma família deve ser, levando Cathy, a mãe, a dar uma entrevista onde chama atenção o fato de que primeiro é citada sua condição de mãe de família e de esposa dedicada para só então citar seu nome. Como se suas atribuições a definissem e não o contrário.
A ruína da família começa quando a Sra. Whitaker descobre que seu marido tem um caso fora do casamento, pior, um caso homossexual. Proibida de forma impositiva pela sociedade de confidenciar a suas amigas o problema pelo qual seu “casamento perfeito” estava passando, vê na figura de seu jardineiro, um homem “de cor”, um confidente para todos os seus dilemas.
Frank, Sr. Whitaker, vê o seu caso de amor com outro homem como uma doença, percebe-se nessa passagem, mais uma vez, um forte controle social, onde o homossexualismo é tido como um crime, uma doença que tem que ser curada, algo para ser escondido. Com isso, ele vai em busca de um médico que defende a tese de “conversão heterossexual” receitando para isso sessões de eletrochoque.
Com o encadeamento do filme, a Sra. Whitaker percebe