Filme gandi na economia
Durante a época do filme, os britânicos tinham iniciado recentemente a revolução industrial e implementado os processos de produção em escala, o taylorismo e fordismo, acreditando em modos centralizados, industrializados, a mecanização da produção, usavam a sua colonia Índia apenas como fornecedora de matérias-primas. Gandhi transformou este princípio na sua mente e imaginou uma produção artesanal local descentralizada, pois nesse sentido a produção é para atender a economia local e não os mercados mundiais globalizados. "Não a produção em massa, mas sim a produção PELAS massas."
Resultando no mais relevante protesto relacionado com esta temática, contra o que Gandhi considerou uma exploração inglesa, o fato destes terem um imposto sobre o sal e proibirem os indianos de processarem o seu próprio sal. Gandhi então contra-atacou com sua famosa "Marcha do Sal" para o mar. E para desenvolver a economia da Índia, ele pediu que todos os cidadãos dedicassem uma hora por dia tecendo algodão e deu ele mesmo o exemplo, trabalhando num velho tear de madeira, criando as suas próprias roupas e não comprando aos ingleses.
E daí advém a relação de Gandhi com a economia o princípio de "Swadeshi", que significa autossuficiência local, uma profunda transformação não só de carácter económico mas também político e social.
A visão de Gandhi era de uma Índia livre, uma sociedade estruturada em pequenas comunidades independentes e dotadas de autonomia política. Os habitantes destas comunidades são, por conseguinte, autónomos e geram, com o fruto do seu trabalho, os bens e os serviços que a comunidade consome. Deste modo a produção não depende das forças do mercado, mas da procura local, pelo que a pressão sobre o meio ambiental é mínima. Apenas se recorre ao comércio exterior para aqueles bens e serviços que não podem ser produzidos dentro da própria comunidade. Em suma, o filme mostra a situação de pobreza e exploração do