Filhos de quem?
Mais de 500 mil crianças estão fora da escola no Brasil. Dentre essas, a maioria é negra. Mais agravante ainda, é saber que nem todas irão finalizar o ensino fundamental. Na saúde, apesar dos avanços, a ausência do poder publico é determinante na formação dos pequenos, já que a maioria das crianças com menos de 6 anos de idade é de família pobre e muitas são desnutridas.
A falta de condições econômicas para muitas famílias brasileiras é o fator mais decisivo no que se refere ao abandono de crianças. A distribuição desigual da renda, o preconceito racial e social, a ausência de políticas públicas que visem mudar o atual quadro de descaso, entram na lista dos determinantes responsáveis por essa mazela social.
É dever da família, da sociedade e do estado proteger, acompanhar e assegurar o desenvolvimento da criança. Mas é dever principalmente do estado, dar condições para que as famílias possam participar do processo de formação intelectual e físico da criança. Ou seja, o estado tem obrigação de oferecer educação, saúde, cultura e segurança pública para todos.
O esquecimento por parte do estado em relação as crianças não é exclusividade do Brasil, esse carma também paira o primeiro mundo, como no próprio Estados Unidos por exemplo, onde em média treze crianças são assassinadas diariamente e seis cometem suicídio . Fica claro então, que o sistema econômico que nos guia é o responsável por essa atrocidade.
Existe um lugar diferente, que deveria ser tomado como exemplo para o mundo, onde são gastos 30% do PIB com educação e saúde. Onde as crianças tem todo acompanhamento necessário. Em Cuba, não existe crianças morando nas ruas, elas estudam em escolas semi-internas, e são prioridades para o estado.
O Brasil só irá ter prosperidade social e consequentemente valorização infantil, quando decidir o que é prioridade. E a prioridade é investir na educação pública, nos programas sociais adequados para o desenvolvimento humano. Respeitar os