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Uma escola em crise
Havia uma certa escola apelidada de Escola dos Pesadelos. Trabalhar e estudar nela era um verdadeiro martírio. Os alunos viviam agitados, não se respeitavam, freqüentemente se agrediam. No semestre anterior, um aluno havia ferido outro, deixando-o paraplégico com uma bala na coluna.
Muitos professores estavam ansiosos, deprimidos, amedrontados devido ao clima da escola. Os alunos viviam alienados, ansiosos e irritados. Para muitos, o último lugar em que queriam estar era dentro da sala de aula. Raramente alguém tinha interesse em aprender. Estudar, assimilar o conhecimento, fazer provas era uma chatice insuportável.
Os conflitos eram tão graves que diariamente se chamava o policiamento. A escola deixou de ser um canteiro de paz e se converteu num canteiro de medo. Nada parecia mudar o caos dessa escola.
Certa vez, um professor de física, que deu uma nota baixa para três alunos, foi ameaçado de morte. Temendo pela sua vida, abandonou a escola. Foi o décimo professor a desistir de trabalhar na escola no último ano.
Um novo professor de física foi contratado, Romanov. Tinha apenas l,55 m de altura, era franzino, magro e aparentemente tímido. Ao vê-lo, alguns alunos, com um sorriso sarcástico, pensaram: "Coitado! Esse não dura uma semana. Se o antigo professor, que tinha 1,90 m e era musculoso, não suportou a ameaça, esse será facilmente dominado", imaginavam.
No primeiro dia de Romanov um grave problema ocorreu. Um aluno agressivo e autoritário, apelidado de Gigante, colocou a lixeira da sala ao lado da porta para o professor tropeçar. Romanov entrou eufórico, estava animado em se apresentar, nem olhou para o chão. O pequeno professor jamais sofreu uma queda tão feia. Quase quebrou a perna.
A classe não conteve o riso, embora alguns tivessem pena do mestre. Romanov levantou-se