Filatelia
2.1A Evolução dos Serviços de Remessa
A necessidade de comunicação e maior agilidade fizeram com que surgisse o correio e/ou sistemas de Remessa. Um PAPIRO datado de 225 a C. é o documento mais antigo, segundo os estudiosos. Encontrado em Hibe, ele contém informações sobre a forma de como era organizado o Serviço Egípcio de mensageiros. Um "empregado de correio" egípcio acrescentou ainda detalhes sobre o encaminhamento da correspondência, o número de mensageiros em serviço, o gênero de objetos enviados, bem como informações sobre seus destinatários. Como na maioria dos casos, o destinatário mencionado era o faraó ou seu ministro de finanças pode-se concluir que o serviço dos mensageiros não podia ser utilizado por particulares.
A administração mantinha estreitaa relação com todas as províncias do reino, mesmo as mais afastadas. Eis porque tinham os mensageiros que perfazer longas caminhadas a pé. Um antigo documento datado de 2300 a.C. chega a precisar que os mensageiros da época, receando morrer durante a jornada, legavam muitas vezes seus bens aos filhos antes de empreender a viagem. Mesmo quando voltavam não lhes restavam muito tempo para passar ao lado dos seus, pois o serviço do faraó não podia sofrer atraso ou demora. Acredita-se que os persas tenham sido os primeiros a recorrer aos cavaleiros para a transmissão de notícias. Ciro, o Grande (58-528 a.C), que pretendia manter contato regular com os governadores das províncias, calculou ele mesmo as distâncias diárias que cada cavaleiro devia percorrer. Mandou construir postos de descanso com diferença de um dia de viagem entre um e outro; assim, quando um mensageiro chegava a um desses postos com uma encomenda urgente era imediatamente substituído por um colega. Este serviço de estafetas era mantido mesmo durante a noite. Para tanto, necessitava-se principalmente de boas estradas. Um percurso militar de 2.500 quilômetros de extensão, entre o Mediterrâneo e o Golfo Pérsico, ligava Sardes,