Figuras de linguagem
Para Aranha (2006) a educação não é simplesmente o repasse de herança dos antepassados para as novas gerações, mas o processo pelo qual também se torna possível a gestão do novo e a ruptura com o velho. Na concepção de Libâneo educar é conduzir de um estado a outro, é modificar numa certa direção o que é suscetível de educação. Nesse sentido, entende-se que o ato pedagógico pode ser definido como uma ação sistemática de interação entre seres sociais. Essa interação se concretiza numa ação exercida sobre sujeitos ou grupos de sujeitos, visando provocar neles mudanças tão significativas que os tornem indivíduos da própria ação exercida.
Segundo Aranha, com tal interação tem-se a interligação na ação pedagógica de três elementos: um agente (professor), uma mensagem transmitida (conteúdo) e um educando (aluno, grupo de alunos, uma geração). Com isso, a ação pedagógica se torna uma instância mediadora que estabelece a relação de reciprocidade entre indivíduo e sociedade. Dessa forma, a educação não pode ser entendida fora do âmbito histórico-social, pois a prática social é o ponto de partida e de chegada da ação pedagógica.
Diante disso, os Parâmetros Curriculares Nacionais sugere a formação do alunopara o exercício da cidadania, a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico com flexibilidade em um mundo novo que se apresenta atualmente. E no que tange o ensino da língua materna, os PCNs apontam que no ensino da língua portuguesa deve-se priorizar o processo de construção de significado, em que o sujeito possa interagir socialmente, usando a língua oral e escrita como instrumento definidor de pessoas entre as pessoas.
No que concerne a postura do professor frente à aula de português, Irandé Antunes (2003) explicita alguns princípios que o educador ao analisar encontra pistas acerca do que fazer e como fazer para trabalhar a oralidade, a leitura e a gramática nas aulas de português. Para a autora, a