Comportamento ou instituições
A evolução histórica do neo-institucionalismo da ciência política
Diego Machado Pinheiro
O principal foco deste texto foi fazer uma breve análise histórica do neo-institucionalista da Ciência Política, com a finalidade de destacar dois pontos. O primeiro é que houve dois fatores que concorreram para a revolução neo-institucional: Primeiro fator foi à crise do behaviorismo a partir da segunda metade da década de 1960 e o segundo fator, a emergência, a partir dos anos de 1950, da análise econômica dos fenômenos políticos sob a ótica dos paradoxos das decisões coletivas. Sob tal perspectiva, o desenvolvimento do paradigma neo-institucional deu-se como um movimento que surgiu a partir das críticas e da rejeição do paradigma até então dominante, o comportamentalismo, de uma parte, e, de outra, a partir da incorporação, de certo modo, crítica, da abordagem econômica à análise do problema político.
O segundo ponto que foi destacado, não obstante a oposição ao comportamentalismo e ao antigo institucionalismo, a abordagem neo-institucional tem como característica teórica central a síntese epistemológica e metodológica de parte do comportamentalismo com parte do antigo institucionalismo. A volta das instituições ao centro da análise resolveu o problema teórico apresentado pelo paradoxo do voto em assembleias, mas não significou a rejeição completa das premissas do individualismo metodológico, na medida em que a concepção do “Homem-Político” dos neo-institucionalistas é semelhante à concepção do “Homem-Econômico”. Isso significa que as premissas do altruísmo e da razão, entendida como faculdade destinada à reflexão ética, foram substituídas pelas premissas do egoísmo e da razão como instrumento de cálculo. Refere-se a síntese, tanto epistemológica quanto metodológica, do neo-institucionalismo com relação aos paradigmas do velho institucionalismo e do comportamentalismo. Mesmo fazendo oposição a ambos, o neo-institucionalismo conservou