fichamneto
Ficar na escola: um furo no afeto aborda os relacionamentos entre os adolescentes no ambiente escolar em três escolas estaduais da Bahia. A autora traz uma linguagem de fácil entendimento que prende a atenção de quem lê a obra. O primeiro capítulo discorre sobre as transformações que o inicio da adolescência traz, principalmente, no aspecto social, nos relacionamentos com os colegas de escola e com os professores. Aborda a fragilidade da escola em gerenciar questões do cotidiano, como a sexualidade, é demonstrada e problematizada, e também as dificuldades e as peculiaridades dos alunos que não são bem administradas pelos professores e pais, ocorrendo problemas com a aprendizagem e com a relação professor X aluno, aluno X professor, pais X filhos.
Adolescer
“Às vezes penso que se a tarefa de educar é uma tarefa impossível, então o professor ao desejar ensinar tratara o aluno como sujeito da falta e revelará que o saber está na ordem da incompletude. O saber sempre apresenta furos, faltas, limites e impasses.” (p. 45)
“É possível pensar que a sociedade contemporânea não ajuda o adolescente a se reconhecer como adulto, quando incita a busca incessante de bens de consumo, o culto pela boa forma, a ditadura do ter no lugar do ser, na lógica de que ficar é ter um objeto e assim vê-se senhor ou senhora, dono (a) de um bem e que não pode ser confundido com um bem querer.” (p. 49)
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Neste capítulo a autora aborda o ficar como um tempo real onde não se tem distâncias, e tudo é imediatamente presente, sendo provisório sem afeto e sem instabilidade. Um ficar que é imediatista, para satisfazer vontades momentâneas. O grande fenônimo do ficar que é cada vez mais presente na vida dos adolescentes no âmbito escolar.
Prazer
“Tais exemplos fazem-me pensar que