FICHAMENTO2
“A utilidade de uma coisa faz dela um valor-de-uso. (…) Esse caráter da mercadoria não depende da quantidade de trabalho empregado para obter suas qualidades úteis. (…) O valor-de-uso só se realiza com a utilização ou o consumo”. (p. 42)
Um valor-de-uso ou um bem só possui valor porque nele está corporificado, materializado, trabalho humano abstrato. Como medir a grandeza do seu valor? Por meio da quantidade da ‘substância criadora de valor’ nele contida, o trabalho. A quantidade de trabalho, por sua vez, mede-se pelo tempo de sua duração, e o tempo de trabalho, por frações do tempo, como hora, dia etc.” (p. 45)
“Tempo de trabalho socialmente necessário é o tempo de trabalho requerido para produzir-se um valor-de-uso qualquer, nas condições de produção socialmente normais, existentes, e com grau social médio de destreza e intensidade do trabalho”. (p. 46)
“Quanto maior a produtividade do trabalho, tanto menor o tempo de trabalho requerido para produzir uma mercadoria, e quanto menor a quantidade de trabalho que nela se cristaliza, tanto menor seu valor. Inversamente, quanto menor a produtividade do trabalho, tanto maior o tempo de trabalho necessário para produzir um artigo e tanto maior o seu valor. A grandeza do valor de uma mercadoria varia na razão direta da quantidade, e na inversa da produtividade, do trabalho que nela se aplica”. (p. 47)
“O produto, para se tornar mercadoria, tem de ser transferido a quem vai servir como valor-se-uso por meio de troca”. (p. 48)
“Trabalho humano mede-se pelo dispêndio da força de trabalho simples, a qual, em média, todo homem comum, sem educação especial, possui em seu organismo”. (p. 51)
“Se o trabalho contido na mercadoria, do ponto de vista do valor de uso, só interessa qualitativamente, do ponto de vista da grandeza do valor, só interessa quantitativamente e depois de ser convertido em trabalho humano, puro e simples”. (p. 52)
“Todo trabalho é, de um lado, dispêndio de força