Fichamento
p. 131
“[...] O corpo humano se molda e se nutre segundo suas necessidades físicas, embora ao descobrir prazeres sensoriais, evolua para formas de maior refinamento e sensibilidade. A mastigação e a deglutição se modificam nas formas à medida que as pessoas cultivam o corpo. Os prazeres que o ser humano busca são encontrados nos campos artísticos onde os sentidos são uma exaltação emocional. O prazer é uma questão de equilíbrio, não de abundância; ao contrario, às vezes, para se alcançar o prazer é preciso prescindir de caprichos inoportunos, fora de temporada e escolher acompanhamentos.”
p. 135 -136
“[...] o problema é que hoje a fama do cozinheiro pesa mais que os conteúdos da sua proposta, e se posterga o fundamental: é preciso difundir e promover programas e pedagogias que nos permitam ter uma culinária e uma hotelaria de referência, um setor com conteúdos reais, práticos, capaz de aumentar muito mais o nível da nossa profissionalidade. Se fama for mais valorizada do que a profissionalidade, vamos gerar frustração. [...]”
p. 140-141
“Podemos pensar que tantos raciocínios ou observações generalistas são desnecessários, quando na verdade o que preocupa a culinária é a qualidade doa tomates ou das alfaces, mas os cientistas concordarão comigo que, sem uma visão global da realidade, as contribuições para solucionar as grandes questões da atualidade não tocam nos problemas que têm sua origem no desequilíbrio entre continentes e civilizações.[...] A desorientação entre profissionais torna-se patente quando eles optam por executar cozinhas sem tradição nem produtos por medo de ficarem para trás na corrida de quem tem mais exposição na mídia.”
p. 142
“[...] Quantidade não é sinônimo de qualidade, e por mais que nos resignemos a nos adaptar aos novos tempos, ingerir sucos de tomate em lata, em