fichamento

FICHAMENTO DE TEXTO

Por que (não) ensinar gramática na escola? Sírio Possenti

Primeira parte

Corresponde a “um conjunto de teses correntes em linguística (…) destinado mais a provocar reflexão do que a aumentar o estoque de saberes”.
O papel da escola é ensinar língua padrão
“O objetivo da escola é ensinar o português padrão, ou, talvez mais exatamente, o de criar condições para que ele seja aprendido”;
“O problema do ensino padrão só se põe de forma grave quando se trata do ensino do padrão a quem não o fala usualmente, isto é, a questão é particularmente grave em especial para alunos das classes populares”;
Há duas vertentes teóricas que defendem que a função da escola é o ensino do dialeto padrão: a de “natureza político-cultural”, a qual considera injusta, ou uma espécie de “violência cultural” a imposição de valores de determinada classe a outra; e a de “natureza cognitiva”, esta supõe que “cada falante ou cada grupo de falantes só pode aprender e falar um dialeto (ou uma língua)”; Para Possenti, ambas as teses são equivocadas, no sentido de a primeira (de “natureza político-cultural”) não conseguir ver a vantagem de um grupo dominar falas e formas de escritas distintas da sua, e a segunda não levar em conta constatações científicas de que “qualquer pessoa, principalmente se for criança, aprende com velocidade muito grande outras formas de falar”;
No seguinte fragmento do texto, o autor levanta a questão do que seria afinal o domínio efetivo do português padrão. Na perspectiva da escola, “trata-se em especial (embora não só) da aquisição de determinado grau de domínio da escrita e da leitura”, isto é, espera-se que os alunos saiam do ensino médio com capacidade de ler e produzir variadas formas de textos, bem como conhecendo minimamente grandes clássicos literários. Contudo, tal objetivo pedagógico em muitos casos não é alcançado, o que demonstra o “fracasso” dos métodos atuais de ensino.
Damos aula de que a quem?
Uma boa consecução de projetos de