Fichamento
Estudos Filosóficos e Antropológicos – 1ª FASE – FIL 7102
Livro: Teoria do Conhecimento - Luiz Henrique de Araújo Dutra – Florianópolis, 2008.
FICHAMENTO CAPÍTULO 8 – “Bertrand Russell”
“1. Conhecimento de verdades – como em: ‘sabemos que a terra é redonda’; e 2. Conhecimento de coisas – como em: ‘conhecemos a cidade de Salvador’.
Esta distinção é utilizada por Russell para explicar aquela entre conhecimento por familiaridade e conhecimento por descrição. O conhecimento por familiaridade é o conhecimento direto das coisas. Por exemplo, quem diz que conhece a cidade de Salvador, no estado da Bahia, está querendo dizer que esteve lá, que observou com seus próprios sentidos diferentes partes da cidade etc. E isso pode também servir de base para que essa pessoa também afirme que sabe que a cidade de Salvador existe, pois, afinal, ela esteve lá.” (p. 137)
“Entretanto, podemos também saber que a cidade de Salvador existe sem ter estado lá. Uma outra pessoa que não esteve em Salvador, mas que ouviu o relato da primeira, que lá esteve, e que confia que esse testemunho é verídico, também pode dizer que sabe que Salvador existe, que sabe que ela é a capital do estado da Bahia etc. Mas, não tendo estado lá, essa pessoa, por sua vez, não poderá dizer – como a outra pode – que conhece Salvador. O conhecimento que está fundamentado não na familiaridade ou contado direto com as coisas, mas no testemunho de terceiros, é o que Russell denominou conhecimento por descrição.” (p.137)
“[...] as construções lógicas são epistemologicamente superiores às entidades inferidas, uma vez que elas permitem lidar muito mais facilmente com o conhecimento humano. Entretanto, trocar as entidades inferidas por construções lógicas acarreta, por sua vez, determinados outros problemas epistemológicos, com os quais Russell tem então de lidar.” (p.140)
“Por um lado, os dados dos sentidos são, para Russell, uma base suficiente para termos os