A partir de 1948, a Organização Mundial de Saúde (Sampaio, 1998) Passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não somente ausência de doença. Essa definição, se, por um lado, amplia a concepção de saúde, por outro coloca todos no campo da doença. Nessa perspectiva, a avaliação psicológica no contexto da saúde se coloca como um dos métodos necessários para todos aqueles que pesquisam e atuam no campo da saúde. Noronha (1999) relata que a avaliação psicológica pode ser considerada como um processo que pode incluir ou não testes padronizados como um dos recursos para atingir seus objetivos. O processo de avaliação psicológica pode incluir diferentes procedimentos de medida, identificar dimensões específicas do sujeito, do seu ambiente e da relação entre eles. Apesar da confusão entre avaliação psicológica e aplicação de testes, que muitas vezes é encontrada na população em geral e em certos profissionais, a avaliação deve sempre manter um compromisso ético e humanitário, que leva obrigatoriamente a compreender as técnicas utilizadas, suas funções, vantagens e limitações. Seu objetivo não é dar rótulo, mas, sim, descrever por meio de técnicas reconhecidas de um vocabulário apropriado, a melhor compreensão de alguns aspectos da vida de um indivíduo ou de um grupo de pessoas (Tavares, 2004). A Psicologia da Saúde possui aplicações práticas na área da saúde, e o surgimento dessa área como um campo de saber tem sido muito influenciado pelas transformações que ocorreram como consequência da inserção do psicólogo nos serviços de saúde. Na realidade, quando há um referencia à psicologia da saúde, também está subentendido o processo de adoecimento de uma pessoa. As enfermidades geralmente possuem aspectos psicológicos que envolvem múltiplos fatores que devem ser avaliados, tais como o estilo de vida, hábitos cultura, mitos familiares, dentre outros. O corpo não está separado dos processos mentais e afetivos. Tanto o físico