Fichamento
No artigo a autora discorre sobre as diferentes interpretações a respeito do surgimento e desenvolvimento das epidemias, apontando também a atuação do Estado mediante esta questão, dentro de distintos contextos históricos.
A autora desenvolve seu texto pontuando a forma como fora compreendidas as epidemias partindo da antiguidade, Idade Média , posteriormente na transição entre o modo de produção feudal e o mercantilismo, momento em que a incidência de epidemias toma uma maior dimensão. Através desta leitura, pode-se obter o conhecimento do impacto das epidemias sobre a população e os métodos adotados para tratamento das mesmas. A utilização de ervas, mudanças na dieta e formas de limpeza dos cômodos de residências e locais de acolhimento, medidas profiláticas entre outras ações, atualmente podem ser interpretadas como ações de valor ritual, assim sendo ineficazes. Com a aplicação do isolamento de enfermos, originou-se o que veio e ser chamado de quarentena. A autora utiliza neste momento para uma compreensão ampla, citações de diferentes estudiosos (pensadores e cientistas) de variadas gerações e pontos de vista. Desta forma é possível compreender as mudanças de raciocínio, métodos de estudo e até mesmo crenças sobre a situação. De acordo com o artigo, observo que foram nos períodos de transição, de mudanças sociais decorrentes de alterações no modo de produção e avanços socioeconomicos, que há a eclosão das epidemias e assim, o que se destaca não é a doença em questão, mas o contexto que levava ao surgimento das mesmas. Contexto este que levou o Estado a ampliar a fiscalização dos locais de trabalho, da incineração ou sepultamento de cadáveres, maiores preocupações com os alimentos, com condições de moradia, saneamento e vida urbana. No século XIX novamente é reforçada a ideia de que epidemias são causadas por questões sociais, devido desajuste social e