Fichamento
O governo pombalino
Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal) foi embaixador de Portugal na Inglaterra e na Áustria, e chegou ao governo com "disposições grandes e novas".
O governo pombalino deve ser entendido com base no despotismo esclarecido: procurou fortalecer a estrutura política do absolutismo e econômica do mercantilismo, ao mesmo tempo que adotou medidas iluministas (reforma de todo sistema educacional , com o afastamento dos jesuítas, e a organização de instituições de ensino financiadas pelo Estado).
Após liderar a reconstrução de Lisboa, Pombal ganhou prestígio junto ao rei e a importantes setores da burguesia lusa, e isso lhe deu amplos poderes políticos para governar. Pretendia tornar Lisboa uma cidade caracterizada pela ampliação da capacidade administrativa do Estado português e pela independência econômica nacional. Assim, o fundamento do governo pombalino foi baseado no mercantilismo, por meio da instituição de regulamentos, taxas, subsídios e monopólios, que visavam fortalecer comerciantes nacionais e combater os contrabandistas.
Para ampliar o controle sobre a produção e circulação de mercadorias no Brasil, as principais medidas tomadas foram: a criação das companhias de comércio do Grão - Pará Maranhão e de Pernambuco Paraíba, e a realização de reformas na administração colonial.
As companhias de comércio, eram monopolistas em suas respectivas regiões, e restringiam a ação dos "comissários volantes" - pequenos e médios comerciantes que operavam de forma independente e não pagavam impostos.
Beneficiados pela falta de concorrentes e pela concessão de portos e armazéns pelo governo, as companhias obtiveram enormes lucros, mesmo pagando todos os impostos,e transformaram-se em uma poderosa burguesia. Nas capitanias do Sul, principalmente em Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde não foram criadas companhias monopolistas, o vínculo entre produtores, comerciantes e a