Fichamento

INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA

BIBLIOGRAFIA

A figura nietzschiana da “morte de Deus” deve ser encarada não como o fim do dogma cristão, mas como o fim da hegemonia do pensamento mágico religioso e surgimento de um pensamento humano, de uma filosofia e uma ciência centradas no homem, no sujeito cognoscente.
O homem deixa de ser uma simples “máquina religiosa” e passa a exercer a função de “ser pensante”, que organiza suas percepções a partir das experiências formando novos comportamentos.

Tomando o nascimento de um conhecimento psicológico de caráter científico no final do século XIX pode-se observar certa “dança de objetos” nos desenvolvimentos deste campo ao longo do século XX.
Vários objetos de estudo foram ligados à psicologia por diversas escolas como o Behaviorismo que estuda o comportamento, a Psicanálise que estuda o inconsciente e a Gestalt que estuda o consciente; o que não quer dizer que elas se anulem, mas pelo contrário se complementam para um melhor aproveitamento das descobertas.

Uma análise arqueológica do conceito (de subjetividade) mostra que uma primeira problematização da subjetividade surge na filosofia moderna com Kant, que se pergunta sobre as condições de possibilidade para a produção de verdades sólidas, objetivas e universais, válidas para todos, se quem produz conhecimento é sempre um sujeito singular, histórico e, portanto, falível.
Nasce, também com Kant, a figura do sujeito cognoscente: aquele que conhece, desvenda e enuncia verdades;
Sujeito cognoscente, transcendental e universal, porque não é nenhum sujeito concreto em especial e sim, uma abstração genérica que se refere a uma posição e não de um indivíduo, um “descobridor genial”. Após mais de um século o termo migra para o campo dos conhecimentos “psi” pelas mãos de Freud.
Constituindo objeto de estudo científico e campo de experiências do sujeito.
A subjetividade, além de ser da ordem dos efeitos, é também da ordem da exterioridade – figura da “dobra” em Deleuze