Fichamento
O desenho como o estabelecimento racional de um verdadeiro conjunto codificado de elementos gráficos não ambicionava substituir a realidade empírica, mas se afirmava como uma realidade autônoma artística capaz de representar ideias sobre espaços, formas e técnicas. P.548
Para compreendermos o desenho como um moderno instrumento cultural não podemos negligenciar, sobretudo entre a segunda metade do século XV e todo o século XVI, o compromisso que arquitetos e engenheiros interessados na arte de edificar estabelecem com o grande legado antigo, com o patrimônio edificado diríamos hoje, na representação dos seus valores construtivos e ornamentais. P.548
No desenho, a unidade de mensuração é poucas vezes indicada objetivamente nas larguras, comprimentos ou alturas, mas, predominantemente, na apresentação de uma escala gráfica, uma régua que demarca progressivamente os valores lineares que servem de modo proporcional a todo o desenho, a sua “escala”, a sua redução em relação ao tamanho original. P.551
No Brasil nós temos uma cultura profissional entre arquitetos e técnicos da preservação muito rarefeita ainda em relação à representação exata do nosso patrimônio edificado. Logo, é muito difícil encontrarmos acervos, gráficos e/ou digitais, disponibilizados para os estudiosos mesmo sobre os nossos maiores ícones dos bens edificados. Se essas plantas existem geralmente repousam em grandes processos para restauro, e têm pouca chance de serem publicadas. P.553
A compreensão do sistema construtivo: essa abordagem talvez seja bem mais exemplificadas quando analisamos um desenho muito conhecido da Arquitetura colonial em Minas Gerais, a