FICHAMENTO
“[...] a revolução de 1930 demarca claramente as posições divergentes entre os setores, agora dominantes, que foram marginalizados do poder durante a Primeira República e o setor tradicional pela oligarquia cafeeira”. (p.85)
A classe dominante, não ligada à exportação, segundo a autora, via a possibilidade de aliar-se a setores de classe média (os “tenentes”) para derrotar o inimigo comum, a oligarquia cafeeira.
“O Regime, a partir de 1930, afasta as oligarquias cafeeiras do comando da sociedade política e, com Getúlio Vargas no Governo Provisório, abre-se a possibilidade de vários setores sociais defenderem seus projetos para serem adotados nessa nova organização. [...]”. (p.86)
O capitalismo industrial ganha definitivamente espaço na economia e no cenário político do Brasil, até então influenciado pela oligarquia cafeeira. Contudo, segundo a autora, é a partir de 1945 que o Brasil Industrial se torna hegemônico em relação ao Brasil agrário. “Os primeiros anos do Governo Provisório, de 1930 a 1937, foram caracterizados por um período mais instável, geado pelo conflito de interesses das várias forças presentes na revolução. Esse período foi muito rico em debates ideológicos na defesa de diferentes projetos para a sociedade brasileira, estando presentes, também, propostas para a elaboração de uma nova política educacional.” (p.87)
A educação, perante o novo modelo econômico, segundo a autora, passa a ser vista de outra forma; fica explícita a clara relação entre o desenvolvimento econômico (agora industrial) e modelo educacional.
“Ao ensino defendido pelos católicos [...], opunham-se os educadores liberais. Esses defendiam a pedagogia da Nova Escola e construção de um país em novas bases econômicas e políticas de acordo com o modelo urbano-industrial”. (p.88)
Os católicos queriam manter a