fichamento
Em nome da razão
Os três principais pensadores iluministas são os franceses Voltaire, Montesquieu e J.J. Rousseau.
O mais acessível foi Voltaire (1694-1778), que escrevia de forma simples, engraçada e irônica. Seu livro Cândido ridiculariza o otimismo ingênuo dos que acham que vivemos ‘no melhor dos mundos possíveis’. Voltaire empenhou-se em mostrar que havia muitos sábios e pessoas honestas nos povos com costumes e religiões diferentes dos europeus. Portanto, os homens de todo o mundo poderiam dialogar e chegar a um acordo. Em vez da guerra e do preconceito, a paz e o entendimento. Afinal de contas, existe algo que iguala os homens: todos são de dotados de razão. Montesquieu (1689-1755) escreveu Do Espírito das Leis onde argumentava que sempre que o governante acumula muitos poderes, há risco de se tornar opressor. Por isso, o próprio poder de limitar o poder por meio da separação dos três poderes. Montesquieu pertencia a uma família nobre, o que mostra que nem sempre o indivíduo interpreta a realidade de acordo com os interesses da classe social a que pertence.
Nem sempre iluminista soava como democrata. A maioria dos filósofos iluministas preferia o regime do Despotismo Esclarecido. Foi o caso de Voltaire, Montesquieu e Diderot, por exemplo. Se houve um pensador de primeira linha que defendeu a democracia abertamente foi Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). Defensor de um governo baseado em assembléias populares acreditava que só poderia haver direitos de cidadania quando as pessoas participassem das decisões do governo. Na sua obra O Contrato Social, Rousseau condenou a concentração de propriedades: quando existem diferenças sociais profundas, a própria liberdade fica em perigo. Grande parte das ações radicais do partido jacobino durante a Revolução Francesa foi inspirada nas obras de J.J. Rousseau.
Immanuel Kant dizia que o objetivo da filosofia do