fichamento
“(...) quanto à razão ou senso, visto que é a única coisa que nos torna homens e nos distingue dos animais, quero crer que está inteira em cada um (...)” (p. 6)
“(...) as línguas que nelas aprendemos são necessárias para a inteligência dos livros antigos; que a delicadeza das fábulas desperta o espírito, que os feitos memoráveis das histórias o elevam, e que, sendo lidas com discernimento, ajudam a formar o juízo, que a leitura de todos os bons livros é como uma conversa com as pessoas mais ilustres dos séculos (...) (p. 11)
“É bom saber alguma coisas dos costumes de vários povos para julgarmos os nossos mais salutarmente, e para não pensarmos que tudo o que é contra nossos modos é ridículo e contra a razão, como costumam fazer os que nada viram.” (p. 13)
“Nada direi da filosofia, a não ser que, vendo que foi cultivada pelos mais excelentes espíritos que viveram desde há vários séculos, e que, não obstante, nela não se encontra coisa alguma sobre a qual não se discuta e, por conseguinte, que não seja duvidosa, eu não tinha tanta presunção para esperar me sair melhor do que os outros;” (p. 16)
“Depois, quanto às outras ciências, na medida em que tiram seus princípios da filosofia, eu julgava que nada sólido se podia ter construído sobre fundamentos tão pouco firmes.” (p. 16-17)
“Pois me parecia que poderia encontrar muito mais verdade nos raciocínios que cada qual faz sobre os assuntos que lhe dizem respeito, e cujo desfecho deve puni-lo logo depois, se julgou mal, do que naqueles que um homem de letras faz em seu gabinete, sobre especulações que não produzem nenhum efeito, e que