PRÁTICAS DE LINGUAGEM
A área de concentração deste trabalho se fixa na questão “Ensinar Língua Portuguesa ou Práticas de Linguagem?”
Sabe-se que o objetivo prioritário de todos os professores do Ensino Médio é fazer com que seus alunos aprendam a produzir bons textos.Para alcançar esse objetivo há a necessidade de saber qual o método adequado para a obter resultados pertinentes e favoráveis a este objetivo.
Ao estarmos alinhados com as atuais concepções de linguagem é de suma importância ensinarmos nossos alunos a praticar a linguagem para formarmos cidadão leitores e escritores capazes de expressar e interpretar sua língua materna. Mikhail Bakthin,(1895- 1975) filósofo russo, conhecido também como “O filósofo do diálogo”, escreveu “ A língua materna, seu vocabulário e sua estrutura gramatical, não conhecemos por meio de dicionários ou manuais de gramática, mas graças aos enunciados concretos que ouvimos e reproduzimos na comunicação efetiva que reproduzimos com as pessoas que nos rodeiam”.
Segundo essa concepção a língua só existe em função do uso que locutores (quem fala ou escreve) e interlocutores (quem lê ou escuta) fazem dela em situações ( prosaicas ou formais ) de comunicação.O ensinar, o aprender e o empregar a linguagem passam necessariamente pelo sujeito, o agente das relações sociais e o responsável pela composição e pelo estilo dos discursos. Essas concepções tem como peças-chave a relação interpessoal, o contexto de produção dos textos, as diferentes situações de comunicação, os gêneros, a intenção de quem o produz e a interpretação de quem o recebe. Portanto mais do que ensinar os elementos e as normas que compõem a Língua Portuguesa, precisamos ensinar Práticas de Linguagem que vivenciamos em nossa língua materna. O desafio é formar praticantes da leitura e da escrita e não apenas sujeitos que possam ‘decifrar’ o sistema da escrita.
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