Fichamento
Cap. 2 - A revolução de 1930 e Classes Médias.
Virgínio Santa Rosa entendeu o Tenentismo como sendo o choque entre a "pequena burguesia" e a "burguesia nacional". Baseando-se no fator "agregado estatístico", Rosa classifica como pequeno burguês aos: funcionários; comerciários; proletariado urbano e rural, excluindo o campesinato por considerá-lo massa de manobra oligárquica. Desta forma, em 1930, estas classes médias urbanas uniram-se a uma fração oligárquica dissidente para derrubarem do poder a velha oligarquia. (p. 51) Guerreiro Ramos associa a Revolução de 30 à ascensão dos primeiros governos militares da República Velha; à campanha civilista de 1910; aos surtos militares de 1922 e 1924; e à Coluna Prestes. Teriam então, tais acontecimentos, o elemento burguês e sua tentativa de alcançar o poder como o elo de ligação que culminaria no episódio revolucionário em questão. (p. 52) Hélio Jaguaribe também entende a Revolução de 1930 como um movimento limitado à classe média que, de posse do poder, teria perdido o momento favorável para efetuar transformações nas estruturas sócio-econômicas, desviando, assim, o Estado da tarefa de promover a industrialização. (p. 52) O argentino José Nun, analisando o caso brasileiro, também deixa claro a associação das classes médias com a Revolução de 30, atribuindo a estas a classificação de "classes-sujeito" da História. Contudo, Num também afirma que esta classe não possuía meios de se manter no poder e, desta forma, teria associado-se ao elemento militar, sendo, este, o "extrato de proteção" do novo governo. (p. 53)
Primeiramente Boris esclarece que ao utilizar-se da expressão "classes médias", estará fazendo menção às "classes médias urbanas", porque, para ele, não existe um comportamento político significativo por parte da correspondente classe habitante do campo. (p. 53) Fausto aborda que, não poderia identificar as