fichamento
GOMBRICH, Ernest H. A História da Arte. 16ª edição. Rio de Janeiro: LCT, 2000.
Capítulo II – Arte para a eternidade
“Não há uma tradição direta, transmitida de mestre a discípulo, e de discípulo a admirador ou copista, a qual vincula a arte do nosso tempo, cada construção ou cada cartaz, à arte do vale do Nilo de uns cinco mil anos atrás. Pois iremos ver que os mestres gregos foram à escola com os egípcios, e todos nós somos discípulos dos gregos.” (p. 55)
Vale ressaltar que, de certa forma houve uma integração, para que houvesse essa troca, talvez até mesmo por necessidade de conhecimento mais aprofundado sobre a arte, e cooperação entre as sociedades antigas, mas, o mais importante até hoje, são os registros que nos conferem poder tirar proveito.
“O faraó era considerado um ser divino que exercia completo domínio sobre seu povo e que, ao partir deste mundo, voltava para junto dos deuses dos quais viera.” (p. 55)
O faraó centralizava todo o poder político e religioso e podia influenciar todo o povo, inclusive os sábios, por ser considerado e respeitado como um dos deuses. Influenciar apenas escravos não seria o suficiente para que uma pirâmide fosse erguida de forma correta, mas os artistas, sábios e engenheiros eram peças fundamentais tanto pra elaboração quanto pra confecção da tumba.
“Os egípcios acreditavam que apenas preservar o corpo não era bastante, mas que, se uma fiel imagem do rei fosse preservada, não havia a menor dúvida de que ele continuaria vivendo para sempre. Assim faziam com que artistas esculpissem a cabeça do rei em imperecível granito e a colocavam na tumba, onde ninguém a via, a fim de exercer sua magia e ajudar a alma a manter-se viva na imagem e através dela.” (p. 58)
Isso mostra a grande preocupação dos egípcios com a estética, mesmo após a morte. Principalmente, quando se fala no faraó que pra eles não era um ser humano simples, mas, uma divindade espiritual também, que devia ter sua imagem preservada por toda a