Fichamento o trabalho do assistente social nas organizações privadas não lucrativas
Referência Bibliográfica: ALENCAR, Mônica. ‘’O trabalho do Assistente Social nas organizações privadas não lucrativas’’. In Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ ABEPSS, 2009. P.449-460.
O texto em questão procura explicitar as justificativas para o surgimento e a manutenção do trabalho de Assistentes Sociais em organizações não governamentais e que não geram lucros. Assim, sucinta um novo papel do Estado quando relacionado com a sociedade, criando novas perspectivas de trabalho para esse profissional, dentro do contexto brasileiro.
A partir da década de 70 o Mundo passou por novas configurações nos sistemas públicos de proteção social, que trouxeram a tona o ideário neoliberal com suas perspectivas liberal- conservadoras. Desse modo, o Estado passa a ser máximo para o capital e mínimo para as demais áreas, configurando o mercado livre como o promotor das liberdades civil e política. Por meio dessa nova regulação do capitalismo justificam- se tendências de abrir caminhos ao capital, liberando o mesmo das regulações ao qual poderia ser submetido.
Neste contexto veio a crise do pós Guerra, colocando ao estado novas necessidades de desempenho, agora com políticas voltadas a um crescimento econômico, ao controle da inflação, o controle fiscal e a estabilidade da economia. E nesse período, década de 80, que o Brasil legitimava regulamentações sociais na constituição de 1988, criando nesse contexto uma grande contradição. Pois, de um lado o Mundo sofria um abalo no âmbito dos direitos sociais com a ascensão do neoliberalismo e do outro o Brasil colocava questões que iam contra essa tendência.
Dessa maneira, frente a grande crise que o Brasil enfrentava desde 1980, o mesmo passou a seguir o receituário proposto pelo neoliberalismo a partir de 1990. Assim, o país começa a caminhar para a atual condição, que não favorece o projeto da profissão do