Fichamento - o prazer das morenas
I – Objeto da Investigação – sobre o que é o objeto?
O grande número de sociedades dançantes no Rio de Janeiro, principalmente em Bangu – mas não somente neste -, se mostrando como “fenômeno social” da/na época, dentro da classe operária do local. Além do estilo da dança dentro desses salões (jazz, samba, maxixe, foxtrote,...). Clubes como afirmação das distinções étnicas e sociais existentes nos bairros onde se instalavam.
II – Problema a ser investigado – por que pesquisar isso?
Associar esse “fenômeno social” com os trabalhadores da época e com a ideia de “manifestação cultural” de operários de baixa renda. Tipos de músicas que realmente davam o tom das festas: foxtrote, shimmy, sendo danças mais conhecidas ou as de tradição africana e o maxixe? Conceitos de dinâmica e modernidade. Como lidavam com o preconceito - trabalhadores negros e mulatos – explicação do nome do clube, O Prazer das Morenas.
III – Debate Historiográfico – com que autores e ideias discute?
Olavo Bilac e sua ideia de que a dança crescia no Rio de Janeiro – assim como o próprio bairro de Bangu como antro de trabalhadores residentes -, como a “geografia moral da cidade”; Coelho Netto e a constatação de que todos da classe trabalhadora, de idades variadas, se encontravam nesses bailes, como “rainhas, princesas, ou simplesmente cantoras”; Lima Barreto afirmava que esses bailes se distanciavam das danças da época, como o foxtrote e o shimmy, e faziam sua festa com piano ou charangas; Nina Rodrigues e a preocupação com a mistura de “raças” que esses bailes permitiam com sua existência, uso do termo “mulata/o” como degeneração moral.
IV – A Metodologia e as Fontes Propostas – como realizar tal investigação?
Fontes: “Prazer das Morenas de Bangu” – Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 9 mar 1926/12 jan. 1927;