Fichamento de laranja mecanica, 1984 e admirávelmundo novo
7195 palavras
29 páginas
Fichamento: “A Laranja Mecânica”BURGESS, Anthony
Laranja Mecânica é um livro de Anthony Burgess escrito em 1962. Lançado nos Estados Unidos e Inglaterra em 1962 e no Brasil em 1971 suscitou polêmicas pela crueza com que descreve um mundo de violência. Narrada pelo adolescente Alex, esta brilhante e perturbadora história cria uma sociedade futurista em que a violência atinge proporções gigantescas e provoca uma resposta igualmente de um governo totalitário. É uma sátira à sociedade inglesa. A trama se desenrola em um futuro não determinado e conta a história de um jovem delinquente (Alex) e sua gangue (Pete, Georgie e Tapado) que espancam mulheres e anciãos ao som de Beethoven. O autor inicia sua obra com a frase de abertura, ”Qual vai ser o programa, heim?”, repetida várias vezes no desenvolver da narrativa, ao longo deste capítulo e iniciando cada uma das partes da obra, enfatizando a rotina de vida de Alex e o círculo vicioso para o qual a sociedade o empurrou, mas coloca também em aberto a possibilidade de liberdade de escolha, a capacidade de se optar por um determinado percurso de vida. É, aliás, a importância da liberdade de escolha o tema principal do romance, embora Burgess se refira, posteriormente, a uma série de argumentos que sugerem que essa mesma liberdade, sobretudo se ilimitada, pode ser perigosa. A obra Laranja Mecânica apresenta seu primeiro capítulo como pano de fundo o “leite-bar korova”, um dos muitos bares onde são servidas bebidas de leite com aditivos.
(...) Bom, o que vendiam lá era leite com alguma coisa. Não tinha licença pra vender bebida, mas também ainda não tinha nenhuma lei contra prodar alguma das novas véssiches que deixavam nuns bons e tranquilos quinze-minutos horrorshow admirando Bog e Todos os seus Bem Aventurados Anjos e Santos no sapato esquerdo, e com luzes pipocando dentro do mósgue. (BURGESS, Anthony 1971. Pag. 13).
Desde então, percebe-se uma manipulação óbvia de um símbolo da inocência, o leite, aqui