Fichamento - a república de platão
1026 palavras
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No livro II de A República, de Platão, Gláucon inicia uma discussão em relação à justiça com Sócrates, perguntando a ele sobre sua capacidade de persuadir os que ali estavam a acreditar que ser justo seria, de fato, melhor do que ser injusto. Gláucon, então, categoriza três espécies de bem: bem que estimamos por si mesmo, e que não resulta em qualquer tipo de conseqüência; o que estimamos por si mesmo, e também por suas conseqüências; e aquele pelo qual não temos amor, mas que é útil por suas conseqüências. Sócrates coloca então, que acredita que a justiça esteja situada na categoria do primeiro bem, enquanto Gláucon afirma que a maioria enquadra a justiça no terceiro dos bens, que se praticam em vista das aparências, que são penosos e dificultosos. Gláucon estabelece, então, que primeiro falará da origem da justiça; depois da ideia de que, todos que praticam a justiça o fazem contra sua vontade; e em seguida que tudo isso é natural, tendo em vista que a vida do injusto é melhor que a do injusto. Estabelece também que falará da vida injusta com a intenção de ouvir a réplica de Sócrates e seu elogio à justiça. Começa, portanto, alegando que a injustiça é, por natureza, um bem, mas que sofrê-la é considerado um mal. O mal que se sofre pela injustiça, porém, é maior do que o bem de cometê-la. É uma vantagem, portanto, um acordo que impeça as pessoas de cometerem e sofrerem injustiças, de onde se originaram as leis e as convenções. A justiça se situa a meio caminho do maior bem, que é o não pagamento da pena das injustiças, e do maior mal, que é a incapacidade de se vingar de uma injustiça. O fato de que os que observam a justiça o fazem contra sua vontade é exemplificado por Gláucon em um caso onde, dado o poder de fazer o que quiser a dois homens, sendo um justo e o outro injusto, os dois fariam o injusto. Isso devido à sua ambição, já que a meta de alcançar um bem só é seguida devido a uma convenção, à sua obrigação de respeitar a igualdade. Relata também o caso