Fichamento A Civilização do Espetáculo
Metamorfose de uma palavra
Mario Vargas Llosa começa alegando que não tem a intenção de interpretar a cultura contemporânea no livro, mas apenas deixar clara a metamorfose pela qual esta passou. O autor aproveita para introduzir alguns autores que abordaram, nas últimas décadas, tal crise decadente: T. S. Eliot, Steiner, Guy Debord, Lipovetsky e Serroy, e Martel.
I. A civilização do espetáculo
A civilização do espetáculo seria a civilização de um mundo que coloca em primeiro lugar de seus valores vigentes o entretenimento. Todos buscam a diversão incessantemente e tudo é válido para escapar do tédio e das preocupações.
“Mas transformar em valor supremo essa propensão natural a divertir-se tem consequências inesperadas: banalização da cultura, generalização da frivolidade e, no campo da informação, a proliferação do jornalismo irresponsável da bisbilhotice e do escândalo.” (p.30)
Muitos fatores do mundo desenvolvido foram estimulantes significativos para essa realidade forjada. São exemplos da frivolidade da cultura de nosso tempo:
A democratização da cultura, ou seja, o acesso de todos à esta, não apenas da elite, que gerou certa trivialidade e superficiliade de conteúdo de seus produtos.
O desaparecimento da crítica, que desempenhava papel fundamental ao assessorar a todos no julgamento daquilo que liam, ouviam e viam.
A ascensão da publiciadade, que se da quando a arte passa a ser considerada um produto comercial, e que substituiu a crítica, os sistemas filosóficos, as crenças religiosas, as ideologias e as doutrinas.
A exaltação da música, a massificação e a ampliação do consumo de drogas , prazeres fáceis que imunizam contra as preocupações e responsabilidades. O laicismo e a proliferação de novas seitas, a extinção dos intelectuais, a banalização do ato sexual, da política, do cinema, das artes plásticas e da literatura, que são consequencias da cultura dominante que privilegia o engenho ao invés da inteligência, as