Fichamento - Um Século a Espera de Regras
Fernanda Luzia da Cruz, Gabriela Pinheiro Castro Alves, Giordano Del Vecchio, Otavio Alvarenga, Tiago Guimarães Margon Ribeiro e Victor Rodrigues Nascimento Vieira.
O texto “Um Século a Espera de Regras”, de Heloísa Rodrigues Fernandes, tem o propósito de retomar o tema central da obra Regras do Método Sociológico no seu centenário. A autora procura conceituar o estado de normalidade e, a partir dele, enfatizar a noção de anomia, relacionando seus contextos históricos e contrapondo ideias de diferentes autores que tratam do assunto, seguindo a perspectiva durkheimiana.
À vista disso, entende-se, porém, que todos concordam que uma sociedade em estado anômico é aquela submetida ao intenso enfraquecimento da moral social. Nascida no mundo moderno, a anomia é consequência da manifestação do “indivíduo abstrato, esse ser bárbaro, de paixões e apetites infinitos, desmesurados”, segundo a autora, e é resultado das sociedades complexas diante das crises comerciais e industriais.
Reconhecendo a capacidade da sociedade de se moldar perante aos acontecimentos históricos que fazem parte das próprias ações humanas em relação ao coletivo, torna-se primordial assumir a inexistência de uma regularidade que se perpetue. Partindo do princípio que a anomia vem da necessidade de limitar as paixões e sentimentos individuais, e não de uma condição extrema do homem sempre buscar contemplá-los, conclui-se que se origina para manter fortes laços sociais e garantir sua sobrevivência.
Assim, observa-se que o clássico durkheimiano, As Regras do Método Sociológico, tornou-se um dos textos base para a formação de novos sociólogos tendo em vista sua importância para o estudo nas Ciências Sociais. Por meio do método proposto por Durkheim, a vigilância, a cautela e a suspeita tornam-se ferramentas essenciais para nos livrarmos das prenoções e conseguirmos chegar a resultados concretos e livres de juízos de valor.