Fichamento Teorias de Aprendizagem Kelly
MOREIRA, M. A. Teorias de Aprendizagem. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, 1999.
Este fichamento refere-se ao oitavo capítulo, intitulado A psicologia dos construtos pessoais de Kelly, constante na obra “Teorias de Aprendizagem”, de autoria do professor Marco Antônio Moreira. No presente capítulo, o autor tem por objetivo proporcionar uma visão geral da teoria dos construtos pessoais do norte-americano George Kelly.
Segundo Moreira (1999), a Psicologia dos Construtos Pessoais, de George Kelly (1963), apresenta duas noções básicas como pontos de partida: o ser humano poderia ser melhor entendido se fosse visto na perspectiva dos séculos, não na luz bruxuleante de momentos passageiros e; que cada indivíduo contempla a sua maneira o fluxo de eventos no qual se vê tão rapidamente carregado. Além disso, Kelly considera que sempre existem construções alternativas à interpretação do mundo, designando assim, a sua posição filosófica como alternativismo construtivo, ou seja, "todas nossas interpretações do universo estão sujeitas à revisão ou substituição" (MOREIRA, 1999, p. 123, 124).
Kelly vê o homem como “homem-cientista”. Para este autor, grande parte do progresso humano é atribuído ao que se deu o nome de ciência. Assim, a noção de "homem-cientista" é uma abstração aplicável à raça humana, não uma classificação concreta de alguns homens em particular (MOREIRA, 1999, p. 124). Muito sinteticamente, pode-se dizer que na perspectiva de Kelly o indivíduo, tal como um, procura testar as suas teorias pessoais sobre o mundo, sobre o seu funcionamento e sobre si próprio. Desse modo, o indivíduo utiliza construtos pessoais para prever acontecimentos.
Para Kelly, um construto pessoal “é uma representação do universo, ou de parte dele, uma representação erigida pela criatura viva” e que pode ser então testada diante da realidade do universo. “Como o universo é essencialmente um curso de eventos”,