Fichamento - Teoria Crítica dos Direitos Humanos
TEORIA CRÍTICA DOS DIREITOS HUMANOS
Joaquín Herrera Flores
“(...) Historicamente, as culturas hegemônicas tentaram fechar-se sobre si mesmas e apresentar o outro como o bárbaro, o selvagem, o incivilizado e, como conseqüência, suscetível de ser colonizado pelo que se autodenomina civilização. Partir dos direitos humanos como produtos culturais supõe, pois, diferenciar-se desse modo de considerar o diferente. E isso se consegue unicamente depois de um árduo e difícil processo de reconhecimento cultural – que não é de mera aceitação do outro como o mais válido, mas da virtualidade cultural de qualquer forma de relação com o mundo.” p. 2
“(...) É preciso, pois, lutar ideologicamente para recuperar o mundo. É nesse terreno, o da ideologia, que colocamos em jogo nossa própria possibilidade de resistência real.” p. 6
“(...) A questão em jogo – nos adverte Oskar Negt – é sempre: onde se cruza o conhecimento com a realidade de modo que a faça acessível para os fins práticos de sua transformação?” p. 15
“(...) poderíamos denominar as “três leis de uma modernidade inflexível”; leis que surgem não de uma reflexão passiva, mas da atenção mostrada aos contextos nos quais vivemos: 1) A ineficácia das leis do mercado baseia-se na imperfeição da informação e na desigualdade da distribuição. A utopia econômica do mercado auto-regulado e a utopia política de uma democracia de baixa intensidade – utopias próprias do liberalismo – constituem o marco causal dos riscos que uma modernidade reflexiva preocupada unicamente com os efeitos quer – talvez ingenuamente – remediar. 2) As restrições monetárias, unidas às altas taxas de juros (...), ou seja, o uso político da moeda como forma de domínio econômico e, certamente, político, convertem os bancos e as grandes entidades financeiras em jogadores de cassino, absolutamente despreocupados com as origens das imensas quantidades de dinheiro que manejam e com suas aplicações posteriores. 3)A liberalização