FICHAMENTO SOBRE PLANEJAMENTO
A informação é parte, mas não dá conta da compreensão de toda metodologia de formação do conceito. Há um movimento necessário de realimentação situada no tempo, ou seja, depende de experiências, informações e dados – que transformem o conhecimento já constituído – acessíveis aos educandos ao longo de um ano letivo ou de um ciclo de formação.
Não se trata de dar continuidade à experiência do cotidiano que o aluno traz, mas de transformá-la à luz do próprio conhecimento. Isto sugere a comparação entre os conceitos mais fragmentados que a criança constitui no cotidiano e o conhecimento organizado. A construção do conhecimento formal é diferente da construção do conhecimento do cotidiano no que se refere às categorias de pensamento que os organizam e os elaboram. Em outras palavras, a própria possibilidade de se apropriar do conhecimento formal dependerá da existência de categorias de análise, de processos de pensamento, que só são constituídos quando a pessoa entra em relação com o conhecimento formal.
Na educação escolar, é comum, hoje, falar de interdisciplinaridade, ou seja, que existe uma relação entre as áreas do conhecimento quanto ao conteúdo e que o ensino pode ser feito a partir desta perspectiva. É importante evitar equívocos: relações existem de fato, mas os conceitos de cada área do conhecimento são construídos a partir da relação com o conhecimento sistematizado que caracteriza cada disciplina. As relações entre áreas são desejáveis como parte do ensino, mas não se pode pretender que unicamente com o concurso desta abordagem pedagógica o aluno se aproprie dos conceitos de cada área.
A interdisciplinaridade interna acontece pela interseção de elementos que apoiam a formação de conceitos e/ou levam a ela.
Este é um ponto central para uma concepção de