Fichamento - Simone Weil (O Enraizamento)
WEIL, Simone. O Enraizamento (1949). Bauru, SP: EDUSC 2001.
“Pertenço-vos, sou vosso bem, vossa propriedade. Não existo senão para vos ajudar, e num dia próximo farei de vós os senhores absolutos em vosso próprio país” (pag. 141) – Discurso nazista atraente.
“[...] triplo perigo causado por esse gosto pelo sangue, esse complexo de mendicidade, essa incapacidade de obedecer.” (pág. 144) – Características da sociedade.
“Mesmo que a pátria esteja submetida a condições externas, a acasos, a obrigação de socorrê-la em caso de perigo mortal não é menos incondicionada.” (pag. 154)
“Pode-se amar a França pela glória que parece assegurar-lhe uma existência ampla no tempo e no espaço. Ou então pode-se amá-la como uma coisa que, sendo terrestre, pode ser destruída, e cujo valor é muito mais sensível” (pag. 158).
“Só a compaixão pela pátria, a preocupação ansiosa e terna de evitar-lhe a desgraça, pode dar a paz, e notadamente a paz civil. [...] Os homens de 1789 apelavam para ela, mas não o tinham no fundo do coração, pois então o país não teria deslizado tão facilmente para a guerra simultaneamente civil e estrangeira” (pag. 165)
“É preciso que os homens que se proporão ao país para governa-lo reconheçam publicamente certas obrigações respondendo às aspirações essenciais do povo, eternamente inscritas no fundo das almas; é preciso que o povo tenha confiança em sua palavra e em sua capacidade e receba o meio de testemunhá-lo; e é preciso que o povo sinta que ao aceita-los se comprometa a obedecer-lhes.” (pag. 166)
“Um governo que emprega palavras, pensamentos, elevados demais para ele, longe de receber daí algum esplendor, desacredita-as e ridiculariza-se. Foi o que aconteceu com os princípios de 1789 e à fórmula de “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”” (pag. 175)
“Para que a França reencontre uma grandeza no mundo – grandeza indispensável à própria saúde de sua vida