Fichamento - Por uma outra globalização. Milton Santos
Fichamento
I) Introdução Geral
1. O mundo como fábula, como perversidade e como possibilidade.
“devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num só. O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro, o mundo como ele pode ser: uma outra globalização.” (p.18).
O mundo tal como nos fazem crer: a globalização como fábula
“Este mundo globalizado, visto como fábula, erige como verdade um certo número de fantasias, cuja repetição, entretanto, acaba por se tornar uma base aparentemente sólida de sua interpretação (Maria da Conceição Tavares, Destruição não criadora, 1999).” (p.18).
“Um mercado avassalador dito global é apresentado como capaz de homogeneizar o planeta quando, na verdade, as diferenças locais são aprofundadas [...] Enquanto isso, o culto ao consumo é estimulado” (p.19).
O mundo como é: a globalização como perversidade
“De fato, para a grande maior parte da humanidade a globalização está se impondo como uma fábrica de perversidades.” (p.19).
“A perversidade sistêmica que está na raiz dessa evolução negativa da humanidade tem relação com a adesão desenfreada aos comportamentos competitivos que atualmente caracterizam as ações hegemônicas.” (p.20).
O mundo como pode ser: uma outra globalização
“Todavia, podemos pensar na construção de um outro mundo, mediante uma globalização mais humana. As bases materiais do período atual são, entre outras, a unicidade da técnica, a convergência dos momentos e o conhecimento do planeta” (p.20).
“Um outro dado de nossa era, indicativo da possibilidade de mudanças, é a produção de uma população aglomerada em áreas cada vez menores, o que permite um ainda maior dinamismo àquela mistura entre pessoas e filosofias.”