Quinhentismo
Contexto histórico
Esse termo é uma designação genérica das manifestações literárias produzidas no Brasil durante o século XVI. Nesse período, não se pode tratar de uma literatura do Brasil, mas sim, de uma literatura no Brasil - uma manifestação ligada ao Brasil, mas que denotas as intenções européias.
Marco inicial
1500 - A composição da carta de Pero Vaz de Caminha, escrivão da esquadra de Cabral, ao rei de Portugal, D. Manuel, relatando as características das terras descobertas.
Este documento, publicado em 1817, é considerado uma espécie de “certidão de nascimento” do Brasil.
Características
A produção literária do período se divide em dois tipos de literatura:
Literatura informativa (ou de viagens) - composta por documentos a respeito das condições gerais da terra conquistada, as prováveis riquezas, a paisagem física e humana etc. No princípio, a visão européia é idílica. Porém, na segunda metade do século XVI, à medida que os índios iniciam a guerra contra os invasores, a visão se transforma e os habitantes da terra são pintados como seres bárbaros e primitivos.
Literatura catequética - constituída pelos textos (poemas, peças de teatro) escritos pelos missionários para a catequização dos índios.
Autores e obras
Pero de Magalhães Gândavo, com Tratado da Terra do Brasil (escrito, provavelmente em 1570, mas publicado em 1826) e História da Província de Santa Cruz a que Vulgarmente Chamamos Brasil (1576);
Padre Fernão Cardim, com Narrativa epistolar (1583) e Tratados da terra e da gente do Brasil;
Gabriel Soares de Sousa escreveu Tratado descritivo do Brasil (1587);
Diálogo sobre a conversão dos gentios (1557), do Pe. Manoel da Nóbrega;
História do Brasil (1627), de Frei Vicente do Salvador;
Duas Viagens ao Brasil, publicada em alemão por Hans Staden em 1557;
Viagem à Terra do Brasil, escrito pelo francês Jean de Léry no ano de 1578.
A obra literária de Anchieta
José de