Fichamento Poesia Medieval
Poesia Medieval (pp. 9 – 29)
VIEIRA, Yara Frateschi. Poesia Medieval: literatura portuguesa. São Paulo: Global, 1987.
“1. O desafio da poesia medieval.” (pág.9) “Ler a poesia medieval é hoje, portanto, apesar de todos os estudos que sobre ela se fizeram, ainda um desafio: trabalho de arqueólogo na tentativa de reconstituir todo um mundo de relações a partir de fragmentos, procurando os cacos complementares, limpando-os da poeira acumulada, lavando as diversas camadas de tinta acrescentadas por tantas gerações de leitores.” (pág.9) “2. O retrato do Outro.” (pág. 10) “Na segunda metade do século XII, Portugal separou-se do reino asturoleonês para afirma-se como reino independente.” (pág. 10) “Apesar da separação política, Portugal continuou a manter laços econômicos, sociais e culturais com o resto do noroeste da Península Ibérica, especialmente com a Galiza, com a qual formava uma entidade linguística distinta: a língua então falada ao norte do Douro era o chamado “galego-português”, ou “galaico-português”. (pág. 10) “A poesia medieval portuguesa incluída nesta Antologia, é composta em galego-português, razão pela qual é também chamada poesia lírica galego-portuguesa.” (pág. 10) “Essa poesia encontrou o seu apogeu primeiramente na corte de D. Afonso X, depois na de D. Afonso III, de Portugal e na do neto português do Rei Sábio, D. Dinis ( r. 1279-1325).” (pág. 10) “As artes poéticas medievais e os próprios poetas estabelecem uma hierarquia entre os compositores e recitadores dessa poesia.” (pág. 11) “Na região onde se difundiu a poesia galego-portuguesa, eram três os graus hierárquicos: - trovador, que compõe os poemas e as músicas por mero prazer, sem fazer disso o seu ganha-pão.” (pág. 11) “ – jogral, que canta e recita as composições de outro, fazendo disso a sua profissão.” (pág. 11) “ – segrel, trovador que percorre a cavalo as terras, cantando nas diversas cortes e casas ricas.” (pág. 11) “Essa hierarquia não