Fichamento Miyamoto

HELENA BATISTA DE SOUSA

FICHAMENTO

MIYAMOTO, Shiguenoli. O ensino das Relações Internacionais no Brasil: Problemas e perspectivas. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, n. 20, p.103-114, jun. 2003.

Apesar de surgir a partir de uma demanda profissional por não haver profissionais capacitados para uma atividade específica, o curso de Relações Internacionais (conhecido também como RI) causa em seus alunos certa incerteza quando ao mercado de trabalho. A causa dessa incerteza está ligada principalmente a multidisciplinaridade do curso que, por consequência, não forma profissionais com habilidades específicas. O crescimento da demanda pelo curso não é advinda apenas no mercado de trabalho, mas também pelos estudantes, isso porque a globalização e a interdependência no cenário internacional são sentidas cada vez mais pela sociedade. O internacional está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas mais simples, fazendo com que as distâncias geográficas, políticas, culturais, econômicas ou sociais sejam diminuídas cada vez mais. Em um mundo mais integrado o curso é visto como cada vez mais necessário.
Multidisciplinar, o curso de bacharelado em RI abrange áreas como Ciência Política, História, Economia e Direito, além de Relações Internacionais. Uma das dificuldades encontradas atualmente frente ao curso é compreendê-lo como a especificidade dessas áreas e não, simplesmente, um conjunto de disciplinas isoladas. O curso de relações internacionais é a interseção, a interligação das áreas e os profissionais que venham a trabalhar com o curso devem ter formação e conhecimento específico em sua abordagem. Ainda que determinadas exigências sejam feitas para existência de um curso de RI, este não possui uma diretriz curricular prefixada, o que dificulta a solidificação e o esclarecimento do profissional a si formar. Ademais, é essencial ao curso de RI um acervo bibliográfico adequado e atualizado, onde seja possível aos alunos acesso às bibliografias